novidades no varejo para os consumidores

 

Conheça as tendências que vão permear as relações de consumo em 2017, com destaque para a forte presença da automação nos processos de compra.

Na década de 1960, o futurista desenho Os Jetsons já antecipava algumas das tendências tecnológicas que passariam a existir. Os personagens faziam compras de forma high-tech, sem necessidade de passar os produtos no caixa, apontando um cenário que hoje começa a se tornar realidade. A loja Amazon Go, em Seattle nos Estados Unidos, não possui caixas ou filas . Antes de entrar, o cliente precisa apenas baixar um aplicativo no celular e encher a sacola. A conta é cobrada automaticamente no cartão cadastrado. O supermercado, que opera em fase de testes, possui tecnologia que opera em fase de testes, possui tecnologia que reconhece tudo o que é tirado das gôndolas. O projeto levou quatro anos para ser desenvolvido e proporciona uma experiência de compra rápida e dinâmica, assim como a dos Jetsons.

Com a proximidade do Dia do Consumidor, celebrado em 15 de março, muitas reflexões  surgem por parte das empresas, que têm procurado voltar o foco das estratégias para o cliente. Nesse sentido, estudos apontam que, em 2017, há uma forte tendência de que as companhias invistam de maneira acentuada em tecnologia. O objetivo é tornar a compra mais inovadora, atendendo à demanda do consumidor mais conectado, informado e exigente. Segundo o executivo global  de tendências e insights da agência de inteligência de mercado TrendWatching, David Mattin, “este será o ano em que o consumidor mudará a maneira de pensar, se comportar e comprar”.

A pesquisa “A visão dos consumidores sobre padrões de identificação no varejo”, desenvolvida pela GS1 Brasil em parceria com a H2R Pesquisas, também apresenta insight que apontam para esse cenário. Hoje, 25% dos consumidores entrevistados já acreditam que, no futuro, tudo será automatizado.

O levantamento, realizado em novembro de 2016 em todo o País, aponta, por exemplo, para a importância que os smartphones ganharam no universo das compras: 87% dos entrevistados gostariam de ter as informações dos produtos imediatamente no celular; 74% concordam que as compras poderiam ser debitadas diretamente via celular, o mesmo porcentual daqueles que apreciam a ideia de que geladeira e a despensa avisem pelo smartphone quando os produtos acabarem.

Há, ainda, uma busca constante de informações que antecede a efetivação da compra. Para isso, os entrevistados consultam a internet (91%), amigos e familiares (35%), e aplicativos (33%).

A pesquisa da GS1 Brasil também aponta diferentes usos do código de barras. No futuro, o consumidor acredita que utilizará essa ferramenta para consultar o preço das mercadorias (96%); a data de validade (84%) ; fazer a rastreabilidade do que consome (78%); e obter informações sobre  os produtos (80%). Com estas facilidades, e-commerce e aplicativos vão ganhar mais espaço por conta da praticidade que proporcionam.

“As barreiras iniciais que seguram o crescimento do e-commerce, estão sendo derrubadas especialmente em virtude de uma geração acostumada com processos de realidade virtual”, afirma o professor do Instituto Brasileiro do Mercado de Capitais (IBMEC), Jorge Carvalho Bittencourt.

Novos Desafios

Atualmente, não há como criar e manter processos de relacionamento com o cliente sem uso da tecnologia, mas é preciso tomar cuidado para que ela não substitua o atendimento pessoal, capaz de estreitar laços e promover experiências que mantêm os clientes próximos das marcas.

Aliás, este conceito de humanização na hora das compras foi uma das principais mensagens transmitidas durante a NRF Retail’s Big Show 2017, o maior evento de varejo do mundo. “ A Feira trouxe reflexões para enaltecer a experiência, reforçando que tecnologia e ser humano estão cada vez mais integrados”, afirmou a sócia-diretora da Alia Consulting, Beth Furtado, durante o evento pós-NRF, realizado em São Paulo (SP), pela consultoria GS&MD.

Dessa Forma, muito além do que previa Os Jetsons, é preciso olhar para o consumidor com uma lupa. Certamente não será fácil deixa-lo satisfeito em 2017. Por Isso, chegou a hora de coloca-lo ainda mais no centro dos negócios.

Fonte: Revista Brasil em Código, Rota das Vendas, Edição 23, GS1 Brasil.